Olá, de novo! Há muito tempo que não vos via! Sim, eu sei! Não escrevo no meu blog há tanto tempo que parece que me esqueci dele outra vez! Mas isso não é propriamente verdade. Todos os meses venho espreitar esta página e penso no que irei escrever (finalmente) nela. Mas a minha cabeça tem andado oca, como a toca de um esquilo (ao menos as tocas dos esquilos servem para alguma coisa), de modo que, sim, não tenho dado sinais da minha presença. Não é que tenham sentido a minha falta, provavelmente nem se lembram do nome deste blog desinteressantíssimo! Mas isso a mim não me interessa para nada! O que me importa agora é que chegaram as férias e com elas o Natal. E eu adoro o Natal! É provavelmente a época em que a minha cabeça está menos oca, tal como as tocas dos esquilos, que a esta altura devem estar cheias de nozes, de frutos secos e de esquilos por todos os lados. Portanto, sim, é nesta altura que fico cheia de ideias e é nesta altura que todos deixam de gozar comigo devido ao barulho do eco dentro da minha cabeça.
Ao contrário do que toda a gente pensa na minha família, não gosto nada de bolo-rei, aliás é, talvez, de todos os bolos que eu já provei, o que eu menos gosto. Não gosto do sabor da fruta cristalizada e é sempre muito difícil conseguir tirar todos os bocadinhos do meio do bolo para depois o poder comer. Por alguma razão em específico (talvez por eu ser uma gulosa que não pode ficar à beira de doces sem os provar) toda a gente me pergunta: “Não queres um pedacinho de bolo-rei?” e eu respondo: “ Não, obrigada, não gosto…”. Então eles afastam-se e vão perguntar a outra pessoa se é servida e, passado alguns minutos, o bolo-rei já está quase no fim, coisa que eu nunca percebi. Umas semanas depois, quando estamos todos novamente juntos numa mesa à volta de um bolo-rei (a minha família é doida por bolos-rei e por pastéis de nata), voltam-me a perguntar se quero um pedacinho de bolo e eu respondo novamente que não. E é assim este ciclo, todos os anos, à volta de um bolo-rei adorado por todos e de uma pobre rapariga que passa a vida a repetir a mesma frase. Mas não há problema! A minha família pode-se esquecer das preferências dos outros no que consta à comida, mas ao menos nunca se esquece do nome do blog que acabou de criar, como eu.