quinta-feira, 21 de junho de 2012

Estava eu inspirada...quando surgiu este textinho.

   Ai que sonho bonito, com cheirinho a maresia e onde tudo é simples e azul, tão azul, tão fácil! O caminho é sempre o mesmo, sem esquerda, sem direita... Um caminho onde os meus pés não tropeçam em pedras, subidas sinuosas, ruas estreitas, dúvidas... Só com nuvens e pequenas ondas do mar a acariciá-los!
   Neste sonho há tantas paragens! Bancos de jardim onde eu me sento a ouvir os pássaros, a sentir o cheiro a maresia... Todo o tempo é meu, só meu, grande e abundante como grãos de areia!
   Ah! Que sonho, que magia! Quem me dera poder seguir em frente, sem pensar na esquerda, na direita, nas subidas sinuosas, nas dúvidas... Saiam da minha frente, pedras, vocês, no meu caminho! Nada quero senão as nuvens, os pássaros, os bancos de jardim e, ah! um pequeno sítio onde parar... Quero o tempo como grãos de areia (grãos de areia, não pedras!) e quero aquele cheirinho a maresia...
   Acordei. O sonho desvaneceu-se. Sei que sonhei, mas que sonho foi afinal? Ah! Sonho danado! Fugiste-me por entre os dedos! Mas, bem, não importa! Vou sair de casa, para a escola. Porque caminho? Hum... Vou por aquele cheio de subidas. É tão bom chegar lá acima com o vento a soprar na cara!
   Ofegante, mas vitoriosa!

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