sábado, 28 de abril de 2012

Da Janela II (à noite)

Bem, hoje, em vez de estar a escrever no escritório estou aqui, na sala, com o portátil da minha mãe, a ouvir mixórdia de temáticas. E resolvi, já que estou, assim, num sítio diferente, continuar a minha "sequela" e descrever a janela daqui da sala, agora à noitinha que é, obviamente, a altura do dia em que os pormenores da rua são mais visíveis.
Bem, passemos à descrição.  
Ora bem, daqui desta janela bonita (caixilho preto, vidro transparente, toalha de linho branco, tão agradável!) o que se vê é um infantário, com grades de ferro verticais na frente e paredes do lado, onde já tantas vezes caíram bolas de futebol. Depois, lá ao fundo, iluminadas por uma luzinha débil, estão umas casitas, já meias a cair, onde ainda vivem pessoas, por mais triste e inacreditável que isso pareça e um pinheiro à frente de uma das casas.
Do lado esquerdo, aquilo que se vê melhor são um monte de luzes amarelas (às vezes, também, vermelhas ou azuis) e, mais perto, uns prédios e umas vivendas, a que está mais perto com uma horta pequenina e um galo que nunca canta às horas certas (não me posso queixar, sou uma pessoa de sono pesado). Numa das vivendas antes dessa, está uma janela com uma luz azulada.
Do lado direito, vê-se um prédio e duas casas, uma com, suponho, doze janelas (não as consigo contar a todas por causa de um grande placard, do qual só consigo ver a parte de trás, que as tapa) e outra a degradar-se e com uma palmeira e um candeeiro de rua no jardim, à beira de um muro baixinho.
E, de novo, o suposto stand de automóveis, ou descampado, ou, simplesmente, monte de terra com um cerco verde à volta aparece, aqui, à minha frente. Mas esse não conta porque, com esta noitinha tão iluminada, nem sequer o consigo ver.
Bem, boa noite, obrigada pela atenção e talvez da próxima vez eu traga alguma coisa mais interessante.
Dedicado a todas as pessoas que, tal como, provavelmente, os que vivem nas casas degradadas ali ao fundo, se debatem com as dificuldades deste mundo em crise.

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