Sombras
Sombras… Sinistras… Cegas… Vazias…
Sombras de crias…
Sombras de sombras de crianças sentadas à sombra…
Sombras de um pomar.
Sombras que vão de volta para casa, lar doce lar.
Sombras que passeiam, vagueiam e batem à porta.
Sombras que escurecem, que andam,
que são silêncio numa alma morta…
E são as sombras que nos denunciam, que nos copiam,
nos seguem, nos espiam…
Mas mantêm-se perto… e longe…
E nunca nos abandonam…
É tarde, muito tarde, mas as sombras nunca se cansam…
Andam em bicos de pés, leves como as ondas do mar…
E regressam sorrateiras a casa, lar doce lar…
A mãe de todas mães
Caros colegas
Este é um texto normal, banal, sarcasticamente idiota. Este pequeno texto apenas fala de coisas do dia-a-dia, coisas “chatas”, que não vale a pena relembrar, porque as fazemos todos os dias, vezes sem conta. São histórias tão contadas e recontadas que já não são nada de novo. Nada de especial! Porque haveria alguém de se interessar por tamanho desinteresse!?
Mas enfim, esta é a minha história: todos os dias a minha mãe (Dona Teresa, se faz favor) me vem acordar às sete e um quarto da manhã (duas vezes seguidas devido à minha preguiça extenuante) e eu lá me levanto. Bocejo, dirijo-me calmamente até ao pequeno cubo sem janela a que chamamos casa de banho e tomo um banho de água quente com o meu champô Pantene Pro-V Classic (formato económico25% grátis). Lavo e passo por água, tal como diz nas instruções, e ensaboou-me com um gel de banho qualquer. Seco-me com a toalha previamente aquecida no aquecedor, visto-me e seco o cabelo com um brinquedinho engraçado chamado secador. Depois, vou tomar o pequeno-almoço: uma deliciosa taça de cereais e um pratinho com uma maçã cortada aos bocados. Vou a correr até à casa de banho e lavo os dentes com a minha escova transparente, usando pasta dentífrica, preferencialmente Colgate ou Sensodyne. Pego na mochila e no casaco e parto rumo à André Soares.
Agora já vocês sabem como é: aulas de noventa minutos e intervalos de quinze; uma conversazinha ou passeio com os amigos, enfim, banalmente falando. Depois do almoço, vou para casa, para a companhia da música, continuo na André Soares ou simplesmente passo a tarde inteira com os amigos.
Lancho, janto, amuo por ter de me deitar cedo, tento convencer os meus pais a deixarem-me acabar o capítulo daquele livro espectacular que estou a ler (sem resultados), ouço o meu irmão a trautear uma canção qualquer no escuro, vou desligar a luz da casa de banho, ouço o meu irmão a resmungar por ter desligado a luz da casa de banho, resmungo de volta, ouço a minha avó a mandar-nos dormir, rimo-nos, adormecemos. Fim.
A verdade é que hoje estou verdadeiramente desprovida de ideias e desaprendi tudo o que já tinha aprendido ao longo da minha pequenina vida. Hoje é o meu dia da preguiça e ninguém o vai interromper. Por isso, professores, funcionários, editores, directores, caros colegas! Daqui não vai sair nenhum texto de jeito! Apenas um texto banal, sobre pessoas normais, a fazer coisas do quotidiano. Tenho lá paciência para escrever textos, neste momento!... Sendo assim, se não se importam, vou repousar no meu momento de transe e aproveitar a preguiça. Acabou-se a conversa! Ponto final parágrafo.
E chega de discussões! Se não se importam, vou acabar a minha sesta depois do almoço.
Preguiçosamente
Margarida
,
Viva a preguiça! Viva Viva Viva.
ResponderEliminarhttp://estadozen.com/artigos/produtividade-preguicosa-10-formas-simples-fazer-apenas-3-coisas-hoje
Os trabalhos publicados na revista "Renascer" obedecem a critérios, competindo às responsáveis pelo projecto fazê-los cumprir. Um dos critérios é serem trabalhos originais não publicados.
ResponderEliminarO poema "Sombras", por se enquadrar na temática, faria parte da revista, porém, como já foi publicado, não será incluído.
As responsáveis, Anabela Pereira e Silvina Fidalgo
Muito obrigada à mesma professora. Eu não tinha conhecimento desses critérios e por isso não os cumpri. Peço desculpa e garanto que de uma próxima vez não acontecerá o mesmo.
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